"Marley e Eu", o livro que já apaixonou cinco milhões de pessoas, chegou às salas de cinema à uma semana. A história analisa a vida de uma família a partir da perspectiva de um cachorro de forte personalidade. Marley é um cão tresloucado, devorador de persianas e especialista a derrubar caixotes do lixo. Mas apesar do seu comportamento insuportável é um amigo fiel e leal e demonstra uma sensibilidade e ternura com as crianças, sendo capaz de espalhar amor à sua volta.
O enredo não é exclusivo da 7ª arte, mas retrata situações que acontecem de verdade. Em Portugal há muitos casos semelhantes, de pessoas apaixonadas por animais para as quais esta história é, no mínimo, familiar. Nuno Ribeiro, um criador de Labradores e Golden Retrievers, revela que "a minha filha Eva, mais nova, saiu de casa um dia, a Megan, que era uma Labradora que nós tínhamos, foi sempre a segui-la fazendo círculos à volta dela não a deixando cair e quando chegou à estrada de alcatrão trouxe-a novamente para casa".
A vida do pior cão do mundo, retractada por um Labrador, revela também as influência que os animais exercem nos seus donos. Obrigam-nos a fazer exercício físico, a desenvolver um sentido de responsabilidade, a apreciar as coisas mais simples e puras da vida. "Eu acho que um Labrador é um cão alegre faz todos os disparates possíveis e imaginários o que nos traz alegrias a nós também. Acho que um proprietário de um Labrador deve ser uma pessoa com energia positiva, com vontade de viver, com alegria", explica Nuno Ribeiro.
Mas apesar de eles serem os nossos melhores amigos, a decisão de ter um animal à sua guarda exige sempre ponderação e bom senso. Por isso o criador lembra que "uma pessoa antes de adquirir um cão deve pensar várias vezes se tem possibilidade de o ter, porque o cão é um elemento da família. O cão não é um brinquedo que se desliga e arruma na prateleira".
Marley não precisa de carros sofisticados, de grandes casas ou de roupa de marca. Para ele um osso lambido serve perfeitamente. Apesar de mal-comportado, Marley não avalia os seres humanos por critérios fúteis ou secundários. Descobre-lhes a alma, vai directo ao coração e age em conformidade.